Palavras...

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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Não é resenha, é experiência: O HOMEM QUE AMAVA OS CACHORROS

Como eu entendi que só gosta de revolução quem nunca sofreu uma na pele.


Vou logo avisando:
 
"Não sou um ser político! Lidem com isso!"
 
(Pelo menos não do modo como está estabelecido no mundo em geral).
 
E, correndo o risco de parecer simplista e ser julgada como ignorante, afirmo que para mim o certo é certo e o errado sempre será errado, mesmo que venha justificado por teorias bem “amarradinhas”.
 
Dito isto enumero:
1- Ser justo é certo. Ser tirano é errado.
2- Ser piedoso é certo. Ser carrasco é errado.
3- Ajudar pessoas é certo. Matar pessoas é errado.
 
"Para mim é sim-ples as-sim!"
 
Imaginem vocês então meu estado de nervos ontem à noite quando terminei de ler as 589 páginas do livro de LEONARDO PADURA (gravem este nome!)...

Ai Leo! Como você me fez chorar...
 
Em O HOMEM QUE AMAVA OS CACHORROS o escritor cubano usa um fato histórico,  um dos crimes políticos mais medonhos de que se têm notícias, para mostrar que o ser humano pode se tornar prisioneiro/carcereiro de uma ideologia. Quer seja a dele próprio ou a de outros.
 
Em 20 de agosto de 1940 no distrito do Coyoacán no México, o revolucionário russo Trotski foi assassinado pelo revolucionário espanhol Ramón Mercader a mando do ditador soviético Joseph Stalin – que era carinhosamente apelidado de “O Coveiro”. Depois de uma  visita à casa onde aconteceu o crime (transformada em museu)  PADURA começou a conceber as ideias para este livro tão perturbador e tão bem narrado.
 
 
 
As desventuras de Trostki e Mercader correm perpendicularmente até colidirem da forma fatídica como foi. Os trechos dos dois são intercalados pelo depoimento em primeira pessoa do sofrido e desiludido Iván, um cubano que quando jovem, por acaso do destino, viu cair em seu colo os detalhes minuciosos desta sórdida história. É um relato de neurose, dor, morte e desengano. De como o  homem é capaz de não apenas aprisionar um outro homem, mas também a ele próprio. 
 
Às 23:50 de ontem terminei e fechei o livro. Como em tantas vezes durante o decorrer da leitura fiquei olhando, meio perdida, para a capa.
 
Dentro de minha cabeça as perguntas “POR QUE?!” e “PRA QUÊ?!” ficaram martelando por vários minutos até que resolvi enxugar as lágrimas e tentar dormir...
 
 
O que ficou em mim foi a certeza, ainda mais firme, de que o CERTO  é sempre melhor e mais bonito que o errado, e de que é uma pena o fato de uma parte, ainda grande, da nossa raça humana não entender muito bem isso.   
 


3 comentários:

  1. Oi, Carla!
    Estou bem curiosa para ler esse livro, só vejo bons comentários. Gostei muito de saber sua opinião.

    Beijos.
    livrosdawis.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  2. Oi, Carla!
    Estou bem curiosa para ler esse livro, só vejo bons comentários. Gostei muito de saber sua opinião.

    Beijos.
    livrosdawis.blogspot.com.br

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